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O mundo empresarial brasileiro acordou em choque nesta semana com a notícia da prisão de Sidney Oliveira, o rosto amplamente conhecido por trás da gigante farmacêutica Ultrafarma, e de Mario Otávio Gomes, diretor da renomada varejista Fast Shop. A operação do Ministério Público de São Paulo (MP-SP) não mirou baixo e abalou as estruturas do setor.
A investigação revelou um suposto esquema de corrupção de proporções astronômicas, que teria movimentado cerca de R$ 1 bilhão em propinas desde 2021. O cérebro por trás de tudo, segundo o MP, era um auditor fiscal de alto escalão da Secretaria da Fazenda de São Paulo, Artur Gomes da Silva Neto, que também foi preso. A fraude girava em torno de algo que afeta milhares de empresas no Brasil: os créditos de ICMS.
Mas o que diabos é esse tal de crédito de ICMS? E como um esquema tão gigantesco pôde operar debaixo do nariz do governo por tanto tempo, envolvendo nomes tão conhecidos? A raiz do problema, segundo especialistas, está em um sistema tributário complexo e lento, e a solução, ironicamente, pode já estar a caminho com a tão falada Reforma Tributária.
De forma simples, o crédito de ICMS é um mecanismo para evitar que as empresas paguem imposto sobre imposto. Imagine uma fábrica de sapatos: ela compra couro e paga ICMS nessa compra. Para não ter que pagar o imposto novamente sobre o valor do couro quando vender o sapato pronto, a empresa ganha um “crédito” referente ao que já pagou.
Em alguns casos, especialmente para empresas que exportam muito ou que trabalham com diferentes alíquotas de imposto entre estados, acontece um acúmulo. A empresa acaba com mais créditos do que débitos, gerando um saldo positivo que ela tem o direito de receber de volta do Estado. E é aí que o problema começa.
Receber esse dinheiro de volta do governo é um processo extremamente lento e burocrático. Segundo tributaristas ouvidos pelo g1, a análise de um pedido de devolução de crédito de ICMS pode levar até 2 anos. Essa morosidade cria um cenário caótico, com uma estimativa de R$ 10 bilhões em créditos parados, esperando para serem pagos só no estado de São Paulo.
É nessa lentidão que a corrupção floresce. Para uma empresa, ter milhões de reais parados por anos é um péssimo negócio. O esquema investigado pelo MP aponta que o auditor fiscal se aproveitava exatamente disso: ele oferecia um “fast track” para as empresas. Em troca de propina, ele supostamente manipulava os processos, acelerava a aprovação e garantia que o dinheiro fosse liberado em tempo recorde – às vezes, até em valores maiores que o devido.
A boa notícia é que a Reforma Tributária, que encerra seu período de transição em 2033, foi desenhada para atacar exatamente esse tipo de problema. Especialistas apontam que a nova legislação vai coibir fraudes como essa de várias maneiras:
O escândalo da Ultrafarma e da Fast Shop, portanto, expõe uma ferida profunda no sistema atual, mas também serve como um exemplo perfeito do porquê a modernização do nosso sistema tributário é tão urgente e necessária.
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Atualizado em: 18/08/2025 12:10 |